A ABIMDE realizou, na manhã desta terça-feira (15) a última plenária de 2020. A exemplo dos meses anteriores, o evento aconteceu de forma online, devido às restrições impostas pelo novo Coronavírus. No encontro, a entidade listou todas as realizações do ano, apontou as grandes conquistas, mesmo em meio à pandemia, e anunciou uma novidade às associadas: a realização da ADESCO (AIR DEFENSE AND SECURITY CONNECTIONS INTERNATIONAL EXHIBITION), exposição voltada para os parceiros internacionais da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS) e que será realizada com a 6ª Mostra BID Brasil, entre 17 e 19 de agosto de 2021, no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília.

A ADESCO acontecerá em uma área contígua ao espaço destino à Mostra BID Brasil. Enquanto esta ocupará uma área de mais de 6 mil m² na Ala Sul do Centro de Convenções, o evento internacional estará na Ala Oeste, em um espaço de 2,7 mil m². O presidente executivo da ABIMDE, Almirante Rodrigo Honkis, acredita que o evento será um marco de recuperação dos grandes eventos de Defesa. “Agosto é um período factível, sem grandes impactos. Vamos arregaçar as mangas para atrair empresas”.

O diretor de Projetos e Relações Internacionais da ABIMDE, Paulo Albuquerque, pontuou que o novo evento se destina a segmentos do mercado externo que tenham conexões com nossas indústrias de defesa. “É uma oportunidade efetiva de retomada de negócios, contatos e networking para a Base Industrial de Defesa e Segurança. Acreditamos que a demanda será muito grande”.

Albuquerque também falou do êxito da 6ª Mostra BID Brasil, que conta com mais de 50 expositores e 30 apoiadores institucionais, além de 20 delegações convidadas. “Temos apenas quatro estandes vagos. Portanto os interessados devem se apressar para garantir seu lugar na Mostra”, afirmou.

Conquistas

Na plenária, foram listadas várias conquistas obtidas em prol das associadas. O mais recente foi a prorrogação do benefício fiscal baseado na redução da base de cálculo do ICMS. A medida beneficiará vários segmentos de produtos e serviços, incluindo itens aeronáuticos e militares, e foi uma demanda da ABIMDE ao lado de associações ligadas a atividades aeronáuticas.

A mobilização sensibilizou o Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ), que prorrogou o benefício até 31 de março de 2021. “Foi um trabalho intenso, com campanha coordenada junto às secretarias estaduais para a renovação de convênios. Agora, vamos trabalhar para essa extensão até dezembro de 2022”, frisou Rodrigo Modugno, diretor do Conselho Diretor da ABIMDE.

Um passo importante promovido pela ABIMDE e abordado na plenária foi o Projeto de Lei Complementar 244/20, que prevê isonomia tributária entre as empresas que vendem a partir do Brasil com aquelas que vendem a partir do exterior. O PLP é oriundo de nota técnica elaborada pela ABIMDE e foi protocolado no Congresso Nacional pelo deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL-SP). “Vários outros parlamentares vêm reivindicando a co-autoria do projeto, o que mostra o amplo apoio”, explica Hônkis.

Desde a criação do PLP, a ABIMDE vem arregimento apoio à iniciativa, inclusive junto às Forças Armadas e ao Vice-Presidente, General Hamilton Mourão.

Combate ao Covid-19

A ABIMDE também listou as diversas ações realizadas com as associadas para a prevenção e combate ao Covid-19. Entre as iniciativas está a criação em março de um Grupo de Trabalho, o GT Corona, que mobilizou as empresas do setor a criar soluções para enfrentar a pandemia. Em abril, governo e indústrias assinaram acordo para ampliar a oferta de produtos para enfrentar o novo Coronavírus.

Interações

Na plenária, foram destacadas as diversas parcerias com agentes nacionais e internacionais. Muitas dessas ações foram intensificadas de forma online, devido à pandemia, com o objetivo de manter aberto dos canais de comunicação e estimular o networking. Um exemplo foram os Diálogos das Indústrias de Defesa (DID), que reuniu a ABIMDE e suas associadas com empresas do setor nos Estados Unidos, Itália, Portugal e Índia.

Outro exemplo foi o Brazilian Defense Day, realizado em julho e novembro, abrindo canais com o Egito e Emirados Árabes Unidos, respectivamente. Ao contrário dos DID, este evento é focado no posicionamento dos governos, com presença dos ministérios de Relações Exteriores dos países convidados. “Essa iniciativa tem surtido muto efeito. Tivemos várias consultas desses países e propostas de negócios que têm sido encaminhados para as empresas da BIDS”, comemorou Albuquerque.

O diretor administrativo da ABIMDE, Cel. Armando Lemos, destacou outras ações, como a participação da entidade na ShotShow, em Las Vegas (EUA), a maior feira de armas leves, munições e acessórios do mundo. “Prestigiamos a nossa empresa brasileira, a Taurus. Conseguimos ressaltar a imagem da empresa brasileira no mercado norte-americano”.

Em março, a ABIMDE recebeu a visita de uma delegação da Rússia, que convidou a entidade a participar da ARMY-2020, exposição técnico-militar. “Eles nos ofereceram um estande, que será um espaço para as empresas da BIDS participarem dessa feira anual. Estamos trabalhando para a ARMY 2021”, comentou Albuquerque, destacando novas oportunidades para as associadas.

Durante a plenária, foram divulgadas diversas outras ações, como o Grupo de Trabalho com a Marinha, que resultou na criação de um relatório de demandas da Armada e que podem ser supridas pelas empresas do setor de Defesa. A iniciativa deve ser estendida ao Exército e Força Aérea. Também foram divulgadas reuniões, visitas e palestras a instâncias governamentais, empresas e entidades de todo o país e também do exterior.

Por fim, a diretoria da ABIMDE anunciou a entrada de novas associadas: EFAI – Escola de Aviação Civil (Contagem-MG); HEX Informática – Tecnologias Geoespaciais (Brasília-DF); Splice Máquina e Equipamentos (São José dos Campos-SP); Protecsen – Soluções em Eletrônica (Nova Iguaçu-RJ) e duas empresas de São Paulo-SP: Roboris do Brasil e Windlog.

A apresentação de ações e conquistas comprovou a importância da ABIMDE no crescimento das empresas de Defesa e Segurança do Brasil. As associadas ganharam novos canais de negócios, tiveram acesso a novos mercados e encontraram na entidade uma defensora de seus interesses.