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SORA-E - Voa o 1º Avião Elétrico da América Latina

By Itaipu Binacional/Defesanet. Updated on 01/06/2021 - Published in 07/01/2015

Fonte Itaipu Binacional


A empresa ACS Aviation, de São José dos Campos (SP), e a Itaipu Binacional, com apoio da FINEP colocaram no ar, na terça-feira
(23JUN15), o primeiro avião elétrico tripulado da América Latina. O voo inaugural e a apresentação oficial da aeronave, batizada
de SORA-E, ocorreram na pista do aeroporto da binacional, localizada na margem paraguaia da usina, no município de Hernandarias.

O engenheiro Alexandre Zaramella, sócio-diretor da ACS Aviation, foi o piloto responsável pelo voo histórico, de apenas cinco
minutos de duração – o suficiente para situar o Brasil e o Paraguai na vanguarda do desenvolvimento tecnológico de aeronaves
tripuladas com propulsão elétrica.

O SORA-E decolou exatamente às 14h28 (horário de Brasília) e sobrevoou o entorno do reservatório da usina de Itaipu. Às 14h33,
tocava novamente a pista do aeroporto, exatamente como previsto no plano de voo. Na hora do aterrisagem, a proteção do trem de
pouso dianteiro se rompeu, mas nada que atrapalhasse o resultado do teste. A performance do motor elétrico foi perfeita.

“Nós hoje estamos nos sentindo como Santos Dumont, quando fez o primeiro voo com o 14 Bis. [Na época] Ninguém acreditava, mas era
o primeiro passo de uma grande caminhada. Por isso, este é um teste vitorioso, que mostra a viabilidade do processo”, avaliou
Samek.

Segundo ele, as pesquisas com o avião elétrico reforçam o compromisso do Brasil e do Paraguai de desenvolver tecnologias limpas e
“mostram que é possível compatibilizar o desenvolvimento, a geração de emprego, a vida do planeta e, ao mesmo tempo, preservar o
meio ambiente”.

Margaret lembrou que Itaipu já é referência na área de mobilidade elétrica sustentável, com carros, ônibus e caminhões elétricos,
e também no desenvolvimento de sistemas inteligentes de armazenamento de energia e de monitoramento de frotas. Agora, torna-se
referência no setor aeronáutico.

“O avião representa mais um passo que estamos dando no desenvolvimento de protótipos elétricos. E é uma inovação até mesmo para a
América Latina. Todo esse trabalho serve de base para as nossas pesquisas, especialmente no desenvolvimento de componentes para a
indústria. Nossa meta é fortalecer a indústria nacional na área de mobilidade”, afirmou.

Zaramella comemorou o voo e lembrou que Itaipu e ACS partiram do zero para desenvolver a nova tecnologia. “Conseguimos em pouco
tempo o desenvolvimento completo da aeronave. E o voo foi muito bom, dentro do esperado e de forma tranquila”, avaliou.

Ainda segundo ele, “o SORA-E é mais silencioso e a resposta do motor elétrico é mais rápida do que no sistema a combustão”.
Zaramella destacou também a “curva de torque”, ou seja, a resposta do avião ao comando de potência do piloto. “Essa é a grande
diferença”, disse, na comparação com o avião convencional. “O avião elétrico está mais na mão.”

Sobre o SORA-E

Desenvolvido pelas equipes técnicas de Itaipu e da ACS, o SORA-E está equipado com dois propulsores Enrax, de 35 kW cada um,
fabricados na Eslovênia, e seis packs de baterias de lítio íon polímero, totalizando 400 volts.

O modelo pode levar duas pessoas (piloto e passageiro) e tem autonomia de 45 minutos de voo, expansível para uma hora e meia, com
velocidade de cruzeiro de 190 km/h e velocidade máxima de 340 km/h.

A estrutura é de fibra de carbono e a hélice foi fabricada nos Estados Unidos, pela empresa Craig Catto, atendendo as
especificações do projeto. São 8 metros de envergadura (de uma ponta a outra da asa) e peso total de 650 quilos.

As pesquisas para desenvolver o Sora-e começaram em 2012, dentro do Programa VE de Itaipu, em parceria com própria ACS Aviation e
a FINEP, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. A base do projeto foi o modelo esportivo acrobático ACS-100
SORA, com motor a combustão, produzido pela empresa paulista.

Os testes de bancadas e simuladores foram feitos em agosto do ano passado no Centro de Pesquisa, Desenvolvimento e Montagem de
Veículos Movidos a Eletricidade (CPDM-VE) de Itaipu. Já os ensaios em solo foram concluídos em dezembro, em São José dos Campos.

O primeiro voo de avaliação técnica, fechado para a imprensa, ocorreu no dia 18 de maio, também em São José dos Campos, com a
presença da equipe técnica de Itaipu. O modelo foi certificado pela Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) na categoria
Pesquisa e Desenvolvimento.

Materiais compostos

De acordo com Celso Novais, o interesse de Itaipu no projeto é aprofundar os estudos sobre materiais compostos usados no setor
aeronáutico, considerados fundamentais para a redução do peso dos veículos elétricos. Quanto menor o peso, maior a autonomia.

“O avião é um meio de transporte em que o peso é determinante. Por isso, esseknow-how nos ajudará a encontrar soluções para
melhorar a autonomia dos nossos veículos elétricos”, comentou.

Para a ACS Aviation, um dos objetivos do projeto é viabilizar modelos elétricos comerciais e ajudar a impulsionar este mercado.
Zaramella disse que o maior desafio do setor, hoje, é desenvolver baterias com maior densidade, para aumentar a autonomia dos
modelos elétricos. “A gente espera que em cinco ou dez anos já tenhamos baterias para aviões com até quatro ocupantes.”

Família de elétricos

O SORA-E é o novo integrante da família de elétricos de Itaipu, que desde 2006 desenvolve o Programa VE, em parceria com várias
companhias do Brasil e do exterior. Neste período, a empresa já montou mais de 80 protótipos elétricos, a metade incorporada à
própria frota e o restante destinado a parceiros do programa.

As linhas de pesquisa do VE incluem carros de passeio, caminhão, utilitário e ônibus, todos equipados com motor elétrico.

A empresa ainda mantém uma oficina para montagem dos compactos elétricos modelo Twizy, em parceria com a Renault, e trabalha no
projeto da bateria de sódio nacional, com recursos da Finep e parceria com o Parque Tecnológico Itaipu (PTI). Outro projeto é na
área de armazenamento de energia, em conjunto com o Exército brasileiro.

Há um ano, Itaipu também desenvolve, em parceria com o Centro para a Excelência e Inovação na Indústria Automóvel (Ceiia), de
Portugal, o Programa de Mobilidade Inteligente (Mob-i), com projetos-pilotos em Foz do Iguaçu, Curitiba e Brasília.

Além de carros elétricos, o Mob-i conta com postos para abastecimento (os eletropostos) e utiliza a plataforma Mobi.me,
aplicativo que fornece em tempo real indicadores como o dinheiro poupado em abastecimento, o CO2 que deixou de ser emitido na
atmosfera e o número de quilômetros rodados.

 

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