Na semana passada, um encontro na capital baiana reuniu os principais representantes da indústria de defesa, a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), o COMDEFESA - Conselho de Defesa da FIEB, e a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), para discutir a diversidade e as potencialidades de negócios para o estado. 

O evento aconteceu na sede da FIEB, em Salvador (BA), e contou com a presença do presidente do COMDEFESA, Luiz Garcia Hermida, do presidente-executivo da ABIMDE, general Aderico Mattioli, e do representante do COMDEFESA e do Comitê de Segurança Pública da ABIMDE, major PM Arlindo Bastos de Miranda Neto.

Participaram do evento on-line, o presidente do Instituto Sul-americano de Política e Estratégia – ISAPE, Larle Piccoli; o diretor de pesquisa do ISAPE, Felipe Dalcin; o conselheiro do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores na Bahia (EREBAHIA), Celso França; os representantes da Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD), do Ministério da Defesa, Fernanda Correa e Coronel Victor; e o Conselheiro da Embaixada do Brasil em Washington, Iberê Uchôa.

Também acompanharam o evento, alunos do Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais (PPGRI) da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e o Grupo de Pesquisa Relações Marítimas Internacionais da Universidade de Salvador (Unifacs).

Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança

Após abertura e boas-vindas do COMDEFESA, o presidente-executivo da ABIMDE fez uma apresentação sobre as potencialidades da base industrial de defesa e segurança (BIDS) e sobre o evento InovaBIDS.

Sobre a associação, criada em 1985, explicou que é a interlocutora da BIDS e conta com mais de 230 associadas espalhadas pelo Brasil. O general Mattioli também destacou aspectos históricos da BIDS, falou sobre o perfil do setor de defesa e afirmou que poucos países têm a capacidade e a diversidade de produtos e serviços que o mercado brasileiro possui.

“Nossa indústria é plural, temos muitas capacidades, só precisamos ter condições para produzir, ter incentivos em pesquisa, desenvolvimento e inovação tecnológica. Temos condição e capacidade de produção”, disse. 

A título de exemplo, destacou alguns dos produtos que são feitos pela BIDS, como coletes, capacetes, placas balísticas, abrigos, purificadores, ração operacional, sistemas de comando e controle, bloqueadores de drones, munição, radares, simuladores, carros blindados e submarinos.

“A base industrial de defesa contribui com o desenvolvimento nacional, seus produtos têm alto valor agregado, o que favorece a geração de empregos, diretos e indiretos. Além disso, defesa é questão de segurança nacional, de soberania, de proteção das nossas fronteiras e, principalmente, do nosso povo”. 

O general falou ainda sobre os passos para a maturidade tecnológica e sobre inovação, que tem como indutor o desenvolvimento social e o domínio tecnológico, apesar das barreiras e desafios.

Na ocasião, o professor Milton Deiró do SENAI CIMATEC, que também é Cônsul do Reino Unido na Bahia, falou sobre oportunidades de internacionalização para a BIDS brasileira.

Federação das Indústrias do Estado da Bahia

A FIEB é uma entidade privada formada por 44 sindicatos patronais da indústria baiana, que representa mais de 1.500 empresas de diversos segmentos. Sob a liderança da FIEB, o Sistema Indústria na Bahia é formado também pelo Serviço Social da Indústria (SESI), pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL) e pelo Centro das Indústrias do Estado da Bahia (CIEB).