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Quinto míssil MANSUP é lançado na quarta-feira, dia 26

Projeto é desenvolvido com tecnologia e mão de obra nacionais
Por Agência Marinha de Notícias. Atualizado em 28/04/2023 - Publicado em 28/04/2023
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A Marinha do Brasil (MB) lançou, com sucesso, o quinto Míssil Antinavio Nacional de Superfície (MANSUP), na manhã da última quarta-feira (26), na região ao sul de Cabo Frio (RJ). A operação contou com a participação das Fragatas “Liberal” e “União” e de duas aeronaves AH-11B Wild Lynx. O objetivo do programa é desenvolver e produzir esse tipo de armamento no Brasil com tecnologia 100% nacional. Atualmente, o MANSUP está na fase de produção de um lote piloto, para a qualificação funcional do míssil em voo.

Os lançamentos, nesta fase do lote piloto, serão realizados com cabeça telemétrica, que substitui a cabeça de combate em lançamentos de testes, com a função de transmitir informações do míssil durante o voo, para análise e verificação de falhas.
Este último lançamento foi o primeiro voo das versões atualizadas do computador de guiagem e altímetro, um subsistema do MANSUP com a função de realizar estimativa de altura em relação à superfície média do mar. Ainda nesse teste, foram executadas manobras programadas, para verificar o desempenho do Sistema de Guiagem, Navegação e Controle (SGNC) desses novos equipamentos.

 

Console utilizado para lançamento do MANSUP, fabricado com tecnologia nacional - Imagem:  SIATT

Console utilizado para lançamento do MANSUP, fabricado com tecnologia nacional - Imagem: SIATT

 

Segundo Robson Duarte, da empresa Sistemas Integrados de Alto Teor Tecnológico (SIATT), que é Gerente do Programa do MANSUP, muitos aprendizados foram adquiridos desde o primeiro lançamento até hoje. "A SIATT desenvolveu o Sistema de Guiagem, Navegação e Controle com componentes críticos, tais como altímetro, atuadores, computador de guiagem e a plataforma inercial fornecida pela Marinha do Brasil, o que traz uma grande autonomia para o País ", afirmou.

Robson ainda ressaltou a importância, para o Brasil, em realizar a fabricação desses mísseis e também o papel da SIATT nessa fabricação. "Este projeto proporcionará ao Brasil total autonomia e independência para a produção desse sistema, que é essencial para proteção da Amazônia Azul, uma das maiores e potenciais riquezas naturais do País, sendo ela fonte de renda, subsistência, trabalhos direto e indiretos para a nação brasileira, devendo ser preservada e protegida".

Para o Diretor de Sistemas de Armas da Marinha, Vice-Almirante Marco Antonio Ismael Trovão de Oliveira, "a aplicação de novos conhecimentos, com resultados práticos visíveis, pode-se dizer que se trata exatamente do objetivo desta etapa de qualificação dos subsistemas do míssil. No lançamento do primeiro modelo de qualificação do MANSUP, denominado ‘P1’, foi testada uma nova versão do software do Sistema de Governo, Navegação e Controle [SGNC], desenvolvida para aquela etapa, já no atual foi testada a versão final do SGNC, com os aprimoramentos oriundos da análise dos dados telemétricos do ‘P1’, bem como o sistema de propulsão desenvolvido para esta etapa. Assim, espera-se que, com os dados analisados deste lançamento, essa seção do míssil seja aprovada na qualificação como produto", explica.

O projeto também é importante para a sociedade brasileira, como fator gerador de empregos e pelo conhecimento adquirido e colocado em prática, conferindo ao Brasil autonomia na produção desse importante setor da Base Industrial de Defesa.
"A mão de obra especializada empregada pelas empresas envolvidas no projeto é composta por engenheiros e técnicos brasileiros, formados nos diversos centros acadêmicos, nas áreas de conhecimento afetas à tecnologia. Portanto, a tecnologia empregada no projeto MANSUP é 100% nacional, desenvolvida por brasileiros formados nas nossas escolas", reforçou o Almirante.

Para os lançamentos desta etapa, as atualizações serão implementadas de modo gradativo, a fim de permitir que cada subsistema possa ser individualmente avaliado e qualificado para versão definitiva do produto. Neste segundo lançamento, foi verificado o desempenho do sistema de propulsão, avaliada a nova versão do Console Lançador de Míssil – CLM e o software de controle (SGNC), que passaram por aprimoramentos com base nos resultados do lançamento anterior.

Características do míssil

Todas essas tecnologias empregadas e lançamentos realizados convergem para a geração de um legado para a Defesa brasileira, por se tratar de um míssil desse porte, completamente desenvolvido e testado no País.

O Comandante em Chefe da Esquadra, Vice-Almirante Edgar Luiz Siqueira Barbosa, ressaltou a importância da participação dos meios da Esquadra no projeto de desenvolvimento do MANSUP. “O lançamento do quinto MANSUP, sendo cada um efetuado por navio diferente, serve para testar o preparo dos sistemas de armas dos meios de superfície e a nossa consequente capacidade de combater. O sucesso no lançamento de armamento inteligente e de grande poder de destruição demonstra que a Esquadra busca sempre estar em elevado nível de prontidão, sempre à disposição para defender os interesses nacionais, protegendo nossas riquezas”.

Para o Comandante da 1ª Divisão da Esquadra e do Grupo-Tarefa (GT) coordenador do lançamento, Contra-Almirante Nelson Leite, o lançamento de uma arma inteligente como o MANSUP demanda o atendimento de requisitos para garantir a segurança da navegação ao tráfego marítimo na região. Além disso, enfatizou que o exercício com armamento é sempre uma excelente oportunidade para os navios da Esquadra se adestrarem nas operações de ataque da guerra naval. Nesse sentido, durante a comissão, os navios do GT também realizaram exercício de tiro de superfície com os canhões de 4,5 polegadas e 40 mm, assim como conduziram adestramentos de fainas marinheiras, operações áreas, trânsito sob ameaça de superfície, postos de combate, entre outros.

Além da Fragata “Liberal”, que foi o navio lançador, participaram da operação: a Fragata “União”, como navio assistente; a aeronave AH-11B (Lince 45), responsável pela telemetria (tecnologia que permite a medição remota e em tempo real dos parâmetros necessários para avaliar o funcionamento e o desempenho do míssil); e a aeronave AH-11B (Lince 43), para garantir a vigilância e a segurança do local.

Fonte: Agência Marinha de Notícias

 

 

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