No dia 13 de março, o presidente do Conselho da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), Dr. Roberto Gallo, e o presidente-executivo, general Aderico Mattioli, foram recebidos pela Ministra Luciana Santos, do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em Brasília.

No encontro, o Dr. Gallo agradeceu o apoio do Ministério aos projetos de Defesa e destacou a importância do domínio das tecnologias estratégicas para a Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS).

Em setembro passado foram aprovados 22 projetos de inovação de 25 empresas brasileiras que atuam no setor de Defesa, que contemplam diferentes áreas e tecnologias, como propulsão aeroespacial, defesa cibernética e veículos não tripulados. 

 

Ao todo, os projetos somaram R$ 238.002.786,03 em investimentos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) para fomento da BIDS. Deste valor, já foi liberado o montante de R$ 94.355.853,27.  A ação teve o apoio do MCTI, do Ministério da Defesa (MD) e da Finep.

“Agradeço o apoio fundamental do MCTI para os nossos projetos de Defesa. Por meio do domínio das tecnologias estratégicas de defesa podemos construir um futuro em que a segurança é prioridade, assim como o bem-estar da nossa sociedade”, pontuou o Dr. Gallo. 

Em seguida, o presidente da ABIMDE - referenciando a Portaria GM-MD, nº 1.112, de 4 de março de 2023 e a Missão 6 do Plano Nova Indústria Brasil - abordou aspectos que, segundo a Associação, podem contribuir para o fortalecimento da indústria nacional e o domínio das tecnologias de interesse da soberania e da defesa nacionais. 

O primeiro está relacionado à adoção de medidas estimuladoras para as Encomendas Tecnológicas, enfatizando que para melhor explorar o poder das compras governamentais nessa modalidade, há necessidade de um alinhamento de esforços para mitigar a sensação de insegurança jurídica que este tipo de contratação traz para os agentes públicos. 

Em prosseguimento, o Dr. Gallo ressaltou que um ambiente propício para o desenvolvimento e a implementação de tecnologias avançadas no setor de defesa envolve não apenas o investimento em pesquisa e desenvolvimento, mas a criação de incentivos para parcerias entre empresas e instituições acadêmicas, bem como a simplificação e consagração dos processos de aquisição de tecnologia.

Outros pontos abordados foram a possibilidade de priorização de um maior número de empresas do setor de defesa nos próximos editais, para fomentar a competitividade e a inovação nesta área estratégica, e a necessidade de se mapear as empresas críticas de defesa e segurança, iniciativa fundamental para garantir a resiliência e a soberania de uma nação. “Isso consiste em identificar e avaliar empresas que desempenham um papel vital no fornecimento de produtos, serviços e tecnologias essenciais para as operações de defesa e segurança do país”, afirmou o presidente da ABIMDE.

O último ponto de atenção foi a preservação de talentos no setor de Defesa, essencial para garantir a continuidade e a excelência no desenvolvimento tecnológico. Com a adoção de medidas estratégicas, empresas e organizações do setor de defesa podem garantir a permanência de uma força de trabalho altamente qualificada, engajada e comprometida.

A Ministra Luciana demonstrou seu otimismo, receptividade e gratidão quanto aos temas apresentados. Com muito entusiasmo exemplificou soluções desenvolvidas pelo Ministério que já estão em curso, as que estão planejadas, ressaltando as que podem ser implementadas com o apoio da Associação. 

Ela comentou sobre as expectativas inerentes à 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação – 5ª CNCTI (a ser realizada em junho) e, ratificando a relevância das proposições apresentadas, de forma bastante propositiva, finalizou expedindo encaminhamentos relativos aos temas abordados.

Para a ABIMDE a reunião proporcionou uma oportunidade valiosa para a troca de ideias e experiências entre os presentes, resultando em insights significativos para o avanço do setor de Defesa e Segurança.