ABIMDE
No final de outubro, o empresário baiano Ricardo Alban tomou posse como presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em solenidade em Brasília, à frente da nova diretoria, que exercerá mandato de 2023 a 2027.
Estiveram presentes o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin; o ministro da Casa Civil da Presidência da República, Rui Costa; o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha; o governador de Minas Gerais, Romeu Zema; o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues; o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira; o senador pelo estado da Bahia, Jaques Wagner; o ex-Ministro do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski; o prefeito de Salvador, Bruno Reis; entre outras autoridades.
A diretoria da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE) esteve representada por seu presidente, Dr. Roberto Gallo; pelo presidente-executivo, general Aderico Mattioli; e pelo diretor-executivo, coronel Armando Lemos.
Na abertura, Geraldo Alckmin disse que a reforma tributária, em tramitação no Congresso, vai trazer eficiência econômica e fazer crescer o Produto Interno Bruto (PIB). “Os estudos mostram que a reforma tributária pode, em 12 anos, elevar o PIB em 12%, reduzir e simplificar o Custo Brasil, melhorando a competitividade”, afirmou durante discurso na cerimônia.
Ainda sobre o tema, Alckmin classificou o setor como “supertributado” e explicou que a reforma vai desonerar o investimento e a exportação acabando com a cumulatividade. “Muito mais que incentivos, queremos condições para competir e entregar ao Brasil o que só a indústria pode entregar: mais empregos de alta qualidade, inovação e inserção nas cadeias globais de produção”.
Sobre a reforma tributária, a ABIMDE está com um trabalho bastante avançado com relação à matéria, com foco na isonomia concorrencial, que vai permitir equiparação de impostos para as compras públicas.
“Estes temas são fundamentais para a base industrial de defesa e segurança, assim como a retomada da indústria no país. Para nós, legítimos representantes da BIDS é importante colaborar e ser ativo neste diálogo com associações e governo. A CNI vem sendo parceira da ABIMDE ao longo dos anos e, neste momento em que assume o novo presidente, não poderíamos deixar de prestigiar tão importante entidade representativa”, destacou o general Mattioli.
Cerimônia de posse
Ricardo Alban tomou posse para um mandato de quatro anos à frente da CNI em substituição a Robson Braga Andrade, que presidiu a entidade nos últimos treze anos. A cerimônia de transmissão de cargo foi realizada no Centro Internacional de Convenções de Brasília (CICB), prestigiada pelas 27 federações do setor, empresários, governadores e parlamentares de todo o país.
Desde 2014, Alban presidia a Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB). O novo presidente fez previsões otimistas para a indústria brasileira. “Depois de tantos anos de declínio, temos uma oportunidade única, talvez a última dessa geração, de revitalizar o setor e entregar tudo que uma indústria forte e dinâmica pode”, afirmou Alban no discurso de posse.
A prioridade de Alban à frente da CNI será no aumento da competitividade e da produtividade das indústrias no Brasil. "A indústria brasileira vem perdendo a capacidade de competir nos mercados globais, o que é retratado de forma cristalina na nossa produtividade. A produtividade da indústria de transformação brasileira caiu quase 1% ao ano desde 1995. Enquanto cada hora trabalhada no Brasil gerava R$ 45 em produtos em 1995, hoje ela gera só R$ 36", avalia. Segundo ele, o Brasil tem o que precisa para dar o salto de qualidade:
"Temos, nós todos aqui, industriais resilientes, calejados, corajosos, dispostos e capazes de enfrentar tantas dificuldades para produzir, gerar e distribuir riqueza pelo Brasil. Sempre contando com a imprescindível cumplicidade de todos os colaboradores industriais, que completam a relação capital e trabalho", disse Alban.
Ele reconheceu o bom trabalho feito pelas últimas gestões, como a do seu antecessor, Robson Braga de Andrade, e pretende intensificar os trabalhos da CNI para dar foco total nos eixos da neoindustrialização.
Com informações do MDIC e da CNI.
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