ABIMDE
No último dia 18, a Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), representada por seu diretor-executivo, coronel Armando Lemos, participou do podcast Leis & Negócios, organizado pela Lopes & Castelo Sociedade de Advogados, e apresentado pelo Dr. Luis Castelo. Também participaram deste encontro o CEO do Grupo Dagan, José Antonio, e a controller na Roland Corporation, Gisele Santos.
Neste podcast, os participantes falaram sobre os desafios da economia brasileira em 2023, as incertezas e inseguranças dos empresários, a retração de investimentos e a estagnação das empresas com relação ao crescimento empresarial e as perspectivas para 2024.
Em sua primeira intervenção, o coronel Lemos agradeceu o convite e falou sobre a ABIMDE, que congrega empresas que fornecem produtos para as Forças Armadas e para as forças de segurança pública. Ele também destacou sua trajetória profissional, primeiro, como militar do Exército Brasileiro, onde permaneceu por 32 anos, e hoje como diretor-executivo da ABIMDE, onde atua há 14 anos.
“A função que temos na ABIMDE é a de promover a indústria nacional. E, para que isto se torne efetivo, implementamos várias ações no sentido de apoiá-la, bem como as exportações de produtos e serviços”.
A título de exemplo, o diretor-executivo da ABIMDE abordou a parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), ligada ao Ministério das Relações Exteriores, na participação do Brasil em eventos internacionais. Os mais recentes aconteceram na primeira semana de dezembro, a Expodefensa, realizada na Colômbia, e o EDEX, no Egito.
Já com relação a indústria bélica e os investimentos, ou a falta deles, tópico discutido entre os participantes, o coronel Lemos argumentou que o setor de defesa tem a mesma dificuldade de outros setores. Falta investimento, apoio e incentivo. Ele explicou que as questões governamentais impactam diretamente o segmento da defesa.
Fazendo um retrospecto, lembrou que em 2018, a indústria de defesa estava nos níveis de industrialização da segunda guerra mundial, em um processo de desindustrialização. Diferente do que tem sido visto hoje, com o programa de governo Indústria 4.0, nas ações do vice-presidente do Brasil e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, ou nos incentivos do BNDES junto à indústria de defesa.
O coronel Lemos comentou ainda sobre a falta de investimento em pesquisa e desenvolvimento, a evasão de capital intelectual, a política de investimento do governo norte-americano em novos produtos e as exportações.
“Embora existam medidas de incentivo à indústria, no qual os órgãos de financiamento estão com vários programas de inovação, o endividamento público cresceu de forma exponencial e isto trará reflexos na economia. Outros fatores de impacto, as guerras de Israel e da Ucrânia, questões climáticas, a população brasileira envelhecendo, tudo isto vai impactar nas empresas e no setor produtivo que gera riqueza”, destacou o coronel Lemos.
Por fim, em uma perspectiva bastante otimista, trouxe como modelos as iniciativas brasileiras no campo da descarbonização – e a possibilidade de trabalhar com matrizes energéticas limpas – e o uso de hidrogênio verde para combustível. “Geração de emprego, equilíbrio social, igualdade, geração de oportunidades, vamos continuar trabalhando pelo Brasil”, concluiu o diretor-executivo da ABIMDE.
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