ABIMDE
A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) apresentou, no dia 03 de novembro, o estudo “A Indústria Aeronáutica Brasileira e o Programa FX-2”, que visa compreender a inserção do Programa na estrutura produtiva da indústria aeronáutica brasileira, identificando e analisando as principais competências e deficiências de sua estrutura produtiva e tecnológica. O estudo foi encomendado pelo Ministério da Defesa, com o objetivo de aperfeiçoar o Programa FX-2, que consiste na aquisição, pela Força Aérea Brasileira (FAB), de 36 caças suecos Gripen NG e na transferência desta tecnologia para o país.
Segundo a diretora de Desenvolvimento Tecnológico da ABDI, Maria Luisa Campos Machado Leal, o estudo busca identificar as principais oportunidades e os desafios para alavancar a competitividade da indústria aeronáutica. “O documento contém, ainda, um conjunto de recomendações de políticas e estratégias que poderão contribuir para promover o robustecimento da estrutura produtiva da indústria aeronáutica brasileira”, explicou a diretora, durante a reunião de apresentação, realizada na sede da Agência.
De acordo com o professor Doutor, Marcos Barbieri, do Laboratório de Estudo das Indústrias Aeroespaciais e de Defesa da Universidade de Campinas (LabA&D Unicamp) contratado pela ABDI, foram realizadas entrevistas com a empresa líder no mercado nacional e com os fornecedores de sistemas de primeiro nível (que fabricam os sistemas dos aviões) e de segundo nível (que produzem componentes, partes e peças). “A proposta foi construirmos um mapeamento de toda a cadeia, de forma a identificarmos as principais forças, oportunidades, fraquezas e ameaças à indústria aeronáutica nacional. Com isso, propomos ações estratégicas para fortalecer não só as empresas âncoras, mas todos os fornecedores da cadeia e os potenciais fornecedores”, ressaltou o pesquisador.
O estudo foi dividido em cinco partes, além da introdução. A primeira parte traz uma avaliação sobre o segmento de aviões de caça, com dados sobre o padrão de concorrência, o contexto mundial e as inserções brasileira e sueca. A segunda parte é dedicada ao programa Gripen NG, com informações sobre os antecedentes e a internacionalização, além de dados do Programa Gripen NG, sua aquisição pelo Brasil e a parceria com a Embraer.
A terceira parte apresenta um mapa dos fornecedores da cadeia de primeiro nível e de segundo nível. O quarto bloco apresenta as considerações finais e propõe políticas públicas que visam intensificar a participação das empresas locais no Programa FX-2, com o objetivo de ampliar a competitividade da indústria aeronáutica no longo prazo. A quinta parte é dedicada à fundamentação metodológica da pesquisa.
O documento é resultado de convênio entre a ABDI e o Parque Tecnológico de São José dos Campos. Participaram da reunião representantes dos ministérios da Defesa (MD), da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), da Agência Espacial Brasileira (AEB), do Estado-Maior da Aeronáutica (EMAER), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), da Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB), do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Centro de Competitividade e Inovação do Cone Leste Paulista (Cecompi). Pela ABDI, além da diretora Maria Luisa, estiveram presentes à reunião a coordenadora de Desenvolvimento Tecnológico, Cynthia Mattos, a especialista Larissa Querino e a analista Karen Leal.
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