ABIMDE
No segundo dia da 8ª Mostra BID Brasil, quarta-feira (4), foi realizado o painel “Diplomacia e Defesa: Projeção da BIDS no Cenário Internacional”, que reuniu lideranças femininas para discutir a internacionalização e o fortalecimento da Base Industrial de Defesa e Segurança (BIDS).
O evento aconteceu no Espaço ABIMDE no Estande da ABIMDE, na parte da manhã, e foi moderado pelo Embaixador Flávio Marega, Assessor Internacional do Ministério da Defesa. O painel contou com a participação de mulheres de destaque, que compartilharam suas visões sobre o setor de defesa e as políticas de exportação.
A primeira a falar no painel foi a Tenente-Coronel Selma Lúcia de Moura Gonzales, Professora Doutora da Escola Superior de Defesa (ESD), que abordou os desafios geopolíticos e geostratégicos do mundo contemporâneo. Selma destacou a transição de um mundo unipolar, pós-Guerra Fria, para um cenário multipolar, onde potências como Índia, China e Rússia desempenham papéis centrais. Sua análise evidenciou a necessidade de adaptação do Brasil frente a essas novas dinâmicas internacionais para fortalecer sua posição estratégica.
Em seguida, Marcela Carvalho, Secretária Executiva da Câmara de Comércio Exterior (CAMEX), detalhou o papel da instituição no apoio às exportações do setor de defesa. Ela ressaltou a inclusão do Ministério da Defesa nas discussões da CAMEX, uma mudança significativa que favorece o setor de defesa dentro do comércio exterior brasileiro. Marcela frisou a importância do trabalho conjunto entre diferentes ministérios para promover a competitividade e aumentar as exportações da indústria de defesa.
Maíra Madrid Barbosa da Silva, Presidente da Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), discorreu sobre as garantias financeiras, como os Performance Bonds, para a realização das exportações no setor. Ela explicou que essas garantias são fundamentais para que as empresas possam operar com segurança, já que envolvem transações com governos e forças armadas de outros países. Sua intervenção ilustrou como as políticas de garantias podem viabilizar grandes contratos internacionais para o setor de defesa brasileiro.
No contexto do setor privado, Constanza Negri Biasutti, Gerente de Diplomacia e Competitividade do Comércio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), destacou a importância da integração externa para as indústrias brasileiras. Constanza enfatizou como a CNI trabalha para garantir que o Brasil esteja alinhado com as melhores práticas internacionais, promovendo a competitividade e fomentando a internacionalização deste mercado.
Por fim, Juliana Ribeiro Larenas, Secretária-Adjunta da Secretaria de Produtos de Defesa (SEPROD), compartilhou a colaboração estreita entre o Ministério das Relações Exteriores (MRE) e o Ministério da Defesa, particularmente na aprovação das exportações de produtos de defesa. Juliana explicou o processo que envolve diversas entidades para garantir que os produtos brasileiros cumpram todas as exigências internacionais e possam ser exportados com sucesso.
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