ABIMDE
As cidades de Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre, e Pucallpa, no Peru, sediam nesta semana a quinta edição do exercício binacional PERBRA, envolvendo as Forças Aéreas do Brasil e Peru. Entre a última terça-feira (25) e amanhã (27), pilotos e controladores de tráfego aéreo irão treinar procedimentos de interceptação de aeronaves que simulam voos ilícitos entre os dois países.
O exercício consiste em um avião C-98 Caravan, da Força Aérea Brasileira (FAB), saindo de Cruzeiro do Sul em direção ao Peru e deverá ser interceptado por aviões de combate A-37 Dragonfly da Força Aérea do Peru (FAP). No retorno, ocorre mais uma interceptação, dessa vez por aeronaves A-29 Super Tucano da FAB. O mesmo procedimento em sentido inverso é realizado com um avião TC-690 da FAP.
De acordo com o diretor do exercício no Brasil, tenente-coronel Marcelo Alvim, o objetivo principal é treinar a transferência dos chamados “tráfegos de interesse”. “São dois países que têm uma fronteira bastante sensível, onde ocorrem muitos ilícitos transfronteiriços, e têm grande interesse em mitigar esse volume de ilícitos”, afirmou. “Se um avião ultrapassa a fronteira sem um plano de voo, já é um voo ilícito”, completou o militar.
Brasil e Peru têm acordos de defesa para que se uma aeronave em voo ilícito estiver aqui em rota para o país vizinho, o Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro (COMDABRA) alerta as autoridades peruanas. O procedimento inverso também ocorre.
“A Defesa Aérea Brasileira precisa estreitar as relações com os países vizinhos, a fim de aprimorar o controle do espaço aéreo e facilitar a transferência de informações nas regiões de fronteira. Assim, quando algum tráfego cruza a fronteira, devemos informar e ser informados prontamente, visando tomar atitudes no sentido de mitigar o uso do espaço aéreo para ações ilícitas, mantendo assim a soberania nacional “, explicou o diretor do exercício.
Além dos treinamentos dos pilotos, controladores de tráfego aéreo trabalham juntos em Manaus (AM) e em Pucallpa, no Peru, locais onde estão os centros de defesa aérea das duas Forças Aéreas responsáveis pela região Amazônica. Também participam do exercício aviões de apoio e helicópteros para o alerta de busca e salvamento.
Ivan Plavetz
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