Na sequência, o professor Geraldo Nunes Sobrinho, representando o Presidente da CAPES, fez uma reverência especial aos pesquisadores(as), dizendo que o Brasil tem um sistema nacional de pós-graduação, ciência, tecnologia e inovação, que, de certa forma, é um patrimônio nacional e que “é um sistema que vem sendo construído assentado no mérito. Essencialmente em mérito. Os pesquisadores tem seus projetos aprovados porque os projetos são meritórios.”
Durante o seminário, ocorreram palestras em que os pesquisadores apresentaram os resultados dos seus projetos em vigência.

No encerramento, o almirante Victor Cardoso Gomes, Diretor do Departamento de Ensino da SEPESD relembrou que a parceria com a CAPES proporciona a interação do meio civil com o meio militar e o desenvolvimento de produtos ligados à área de defesa. Ele enalteceu a realização do evento, destacando que o mesmo servirá de ferramenta para a avaliação de como o programa está se desenvolvendo e se está atendendo aos objetivos. “O seminário foi perfeito porque foram dois dias onde todos os coordenadores estiveram presentes. E as informações que eles trouxeram vai dar uma maior qualidade ao relatório final”, disse. Destacou ainda que no somatório das 3 edições, a CAPES aprovou quarenta projetos. Sendo: 88 bolsas para mestrado, 54 para doutorado e 22 para o estágio de pós-doutorado.
Por parte da CAPES, o professor Geraldo Nunes Sobrinho, encerrando o seminário, ressaltou a importância do evento, pois, permitirá que, com dados palpáveis, haja a justificativa dos investimentos que têm sido destinados ao programa. E que foi “extremamente positivo, tanto do ponto de vista da Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) quanto da produção científica qualificada.” Segundo ele, a CAPES está muito satisfeita com a parceria com o MD: “Se depender da CAPES, o Pro-Defesa veio para ficar.”

Para Dayse Aparecida da Silva, pesquisadora da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), participar do Pro-Defesa é uma oportunidade única, por sua importância para o cenário nacional e por reunir pesquisadores, que estão nas universidades, com as instituições militares, localizadas em todo o país, visando o fortalecimento da defesa. “Nem todos tem o entendimento de que nas Forças Armadas existem várias categorias de trabalho e que a pesquisa é uma delas.”
Já para a major Tatiana Nogueira, do Instituto de Biologia do Exército (IBEx), sediado no Rio de Janeiro, é de extrema importância a parceria com o meio civil, tendo em vista que também contribui para a formação do pessoal militar. Com a sensação do dever cumprido, a oficial se disse feliz em poder contribuir com a sociedade. “É um sentimento de grande satisfação saber que o nosso trabalho tem um desdobramento importante para a nação como um todo.”
O PRÓ-DEFESA
O gerente da Divisão de Cooperação do Departamento de Ensino da SEPESD, Coronel Celso Bueno da Fonseca, esclareceu que o Pró-Defesa é um programa de financiamento a projetos relacionados à área de defesa, tanto no âmbito das ciências humanas quanto das ciências exatas e biológicas, que tem por objetivo fomentar a cooperação entre instituições civis e militares, para a implementação de projetos voltados ao ensino, à produção de pesquisas científicas e tecnológicas e à formação de recursos humanos qualificados de interesse da Defesa Nacional.
O programa se desenvolve da seguinte forma: a CAPES emite um Edital que estabelece as normas do certame. Os pesquisadores apresentam seus projetos, sempre em associação com outras instituições de ensino, civis e militares. Exigência para a participação. E Em seguida, os projetos são recebidos pela CAPES, onde são conjuntamente selecionados. “No momento estamos terminando a terceira.” Completou.
Por Comandante Cleber Ribeiro
Fotos: Keven Cobalchini/MD